Ora, é no Velho Sobral que Cristina Simões, filha do fundador da empresa, cresce junto dos seus avós, onde aprende a arte da terra, onde brinca e principalmente onde descobre o amor, amor esse que continua a extravasar com orgulho de sua boca mas também de seu coração, o amor por Santar.
Começa o seu sonho com sacrifício, no ano de 1997, sacrifício esse palpável apenas pela audição das histórias que o Velho Nelson tem para nos oferecer numa tarde a seu lado, histórias de visão, risco, amor e recompensa.
Iniciando a anexação de terrenos ao seu Velho Sobral, inicia também a reconstituição de vinhas velhas com novas plantações e constrói a sua adega já no ano de 2000, evoluindo constantemente a tecnologia e espaço ao seu serviço, sendo que o investimento na mesma permite-lhe abranger num só complexo área de vinificação, caves de estágio, laboratórios, linha de engarrafamento, espaço de visita, restaurante para eventos, salas de prova, escritórios e, claro está, loja com todos os produtos da Casa.
Tudo isto num espaço onde as paredes de granito, os túneis antigos e os portões de ferro, aliados a uma deslumbrante paisagem, lhe conferem o carácter, tradição e eloquência devida.
A Quinta do Sobral dispõe atualmente de 15 hectares de vinha em produção e mais de 20 hectares de floresta, fundamentais para o terroir do Vinho do Dão.
Voltando aos sacrifícios e aposta neste projeto, Cristina Simões, professora de profissão, e Jorge Loureiro, gestor hoteleiro de um complexo 5 estrelas em Inglaterra, formam um casal apaixonado e com ideias comuns. Abraçam o projeto de Nelson Simões e realizando o seu sonho, deixam para trás as suas carreiras perfeitamente sedimentadas, pela família, pelo amor e pela crença de seu pai e sogro respetivamente, dedicando-se exclusivamente ao projeto da Quinta do Sobral.
Esta entrada no projeto dá novo rumo e alento ao mesmo, procurando desde logo posicionar a Quinta do Sobral como marca de referência no panorama nacional dos vinhos, com inserção de know-how, novos métodos de gestão agrícola e uma atenção acutilante à área comercial.
Chegamos assim ao ponto de viragem na Quinta do Sobral, e não se pense que foi a chegada da Cristina e do Jorge ao projeto, não, foi precisamente a chegada ao mundo do seu fruto mais precioso, a Maria, a filha, a neta e a alma da Quinta do Sobral.
Palavras exuberantes e demasiado sentidas podemos pensar, mas mais uma vez a prova de que a sua chegada não é apenas o enorme amor de que usufrui, foi o facto de o projeto deixar de ser pensado a 20 anos e passar a ser pensado a 50 anos, é portanto uma mudança de paradigma.
Mudança esta fundamental para todas as tomadas de decisões atuais que tenham
peso no futuro, sabendo hoje a família Simões que o seu trabalho de ontem e hoje, terá continuidade na sua Maria, a neta, que com 4 anos proibiu o avô de arrancar umas pequenas vinhas velhas para plantar vinhas novas, tomando posse das mesmas, que hoje são palco de produção do mais premiado e prestigiado vinho da Quinta do Sobral, o Vinha da Neta pois claro.
Esta família é a prova que empreender exige muito sacrifício pessoal em prol do benefício comum, é a prova de que o amor quebra de facto barreiras, é a prova de que é possível viver hoje com pensamento no amanhã, mesmo sabendo que não estaremos presentes, é a prova de que acreditar dá trabalho, mas também orgulho desmedido, é a prova de que vale a pena evoluir, aprender e partilhar, no fundo, esta família é a prova de que o sucesso e a humildade podem andar de mãos dadas.
E para finalizar, como não poderia deixar de ser, vamos continuar a empreender, e novos projetos se avizinham, mas esses, claro está, já será a Maria Simões, a Neta, a divulgar.
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